segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Novas tecnologias de interação - O sexto sentido chegou !

Acesso a informação e relevância da informação... Se você acredita que essa é a era da informação, pense nessa possibilidade...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Imagine


Finda 2009 e novos ciclos se configuram. Não porque o ano termina, já que cumprimos rotas independentes, mas porque assim a vida acontece. Ora, somos mutáveis, modificáveis, insatisfeitos, ambiciosos, ávidos. Completa-se o ciclo da terra em torno do astro maior, o que nao significa que concluímos o nosso, do lado de cá, debaixo desse céu anil, embora assim pareça...A gente acredita, que o que nao foi assim tao bom, na útima badalada do sino, ja era. Paz e felicidade aos homens de boa vontade porque um ano novo começa. Assim reza a sabedoria popular. Ano novo, vida nova e as esperanças se renovam e a gente faz planos, traça metas possíveis e improváveis e despendemos energia demais com coisas pouco importantes. E transformamos o planeta num lugar inóspito. Consumimos demais. Poluímos demais. Trabalhamos demais. Vivemos de menos. Desejamos saúde e continuamos envenenando o planeta. Desejamos paz e continuamos ouvindo que a guerra é necessária para se chegar à ela. Paradoxo. Desejamos a felicidade ao custo de nao ver, de negar. Não assistir ao noticiário para nao ver os corpos assassinados, as crianças com cancer.Desviar do pedinte para nao passar o resto do dia mal, culpando-se por ter uma vida digna. E nos lastimamos, entristecemos, adoecemos quando descobrimos que a espiritualidade absoluta é um caminho longo cravejado de barbárie e desamor.
Mas renovamos nossa esperança de que a humanidade não é uma ilusão à toa. De que viver é uma arte, um ofício. Ofício de, apesar de todas as dores do mundo, ser feliz. Portanto quando o relógio marcar 24 horas do dia 31 de dezembro, um novo ciclo começa, ainda que apenas nas nossas mentes e nos nossos corações. Feliz novo ciclo. Feliz Ano Novo e imaginem, por favor!

Um feliz novo ano especial à todos os amigos que aqui me lêem e deixam seus comentários sempre tão amáveis. Vocês são o rio da minha aldeia, o mais belo rio da minha aldeia (parafraseando Pessoa), o melhor presente que um ser humano pode ter.
Palavras que pretendem ser beijos...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Você ja parou pra pensar?

Estão decidindo nosso futuro. Nao o meu, nem o seu. O do planeta. Estão decidindo se daqui há alguns anos sobreviveremos às profundas alterações climáticas e a um planeta cada vez mais inóspito.

Mas a preocupação maior não é essa. As pessoas estão preocupadas com quem vai pagar a conta. Financiamento.

Não somos tribos, com interesses comuns, somos ilhas: grandes porções de ambição, cercadas de gente por todos lados. A conferência de Copenhague é o retrato da humanidade nos mais altos píncaros da sua individualidade.

O buraco na camada de ozônio cresce. Mas é um buraco invisível aos olhos humanos. Ainda não enxergamos que se queremos salvar o planeta o buraco é mais embaixo. Ou acima, talvez. De nossos umbigos.

Sustentabilidade é uma palavra desgastada, que na prática, passa ao largo de seus princípios originários, estando cada vez mais vinculada a interesses mercadológícos. Segundo bem afirmou Leonardo Boff, sustentabilidade e desenvolvimento são incompatíveis no mercado. Não existe possibilidade de conciliar sustentabilidade e desenvolvimento dentro de uma economia de mercado. "O desenvolvimento sustentável é um engodo criado para a gente engolir o discurso ecológico. Mas o capitalismo se baseia na produção, no consumo e na acumulação de riquezas. E isso significa expansão, devastação da natureza e desigualdades sociais".

A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na renúncia do capital em nome de uma vida saudável em um ambiente equilibrado para todos. Para além da concorrência, a cooperação. Não basta colorir de verde, é peciso pensar verde.


domingo, 13 de dezembro de 2009

Vamos falar de preconceito?

_Mãe, olha! Ela nao tem braços!
_Não filho, ela não tem braços, ela nasceu assim.
_Mas como ela come? Será que ela escreve? Como brinca de roda? E para fazer xixi?

Fui bombardeada por essas e outras perguntas enquanto assistíamos a apresentação de encerramento do ano letivo da escola do meu filho. Mas ele só queria saber, não era preconceito. Ela era uma criança diferente de todas as outras, afinal, nenhuma ali balançava, toda feliz, dois toquinhos de braços enquanto dançava. Era natural que ela despertasse olhares de estranhamento. Criança só quer entender. Não pedi que não olhasse, nem que achasse aquilo natural. Expliquei apenas que assim como o tio nascera com os dois dedos do pé grudados ela também tinha nascido sem os braços e que por serem dois membros que usamos muito, ela poderia necessitar de mais ajuda, de algumas adaptações, mas que aprenderia a fazer as coisas de alguma outra forma.

Deixei que olhasse, que matasse a curiosidade natural, que estranhasse. Talvez, se pedisse pra que parasse de olhar, inconscientemente ele entenderia: "nao devo, é feio, proibido..." Assim nascem os tabus. Assim nasceram os meus, que nao pretendo passar adiante.

Preconceito velado, continua sendo preconceito. E o primeiro passo para superá-lo é reconhecê-lo.

Herdamos a cor do cabelo, dos olhos, a altura...mas não herdamos preconceito. Ele não está entranhado no nosso DNA. Preconceito é aprendido. E nós aprendemos. Todos. Mais ou menos. Ninguem está imune à ele. Pode ser clichê mas é a mais pura verdade... Preconceito gera preconceito e em nome dele presenciamos historicamente, verdadeiras atrocidades.

Meu filho, estranhou por um bom tempo aquela situação. Dei à ele esse tempo, mas acho que da próxima vez que se encontrarem, talvez ele a convide para brincar de amarelinha ou segure no seu pedacinho de braço, como se segurasse sua mão.

Esse vídeo chamado Viorar Vel Til Loftarasa e produzido pela banda islandesa Sigur Rós, foi indicação do amigo José Roig, editor dos blogs Letra Viva, Educa Tube e Control Verso, é um termômetro pra mensurar nosso preconceito e um bom recurso para ser explorado em sala de aula.